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Brasil

Publicada em 03/06/21 às 12:07h - 15 visualizações
Rio das Pedras é o berço das milícias no Brasil
Grupo criminoso foi criado com o objetivo de dar uma falsa noção de proteção aos moradores. Paramilitares prometiam a fazer a \'segurança\' dos moradores da região e garantiam que nessa região não haveria venda de drogas.

Rádio Fique na Luz

Bombeiros procuram vítimas entre os escombros no Rio das Pedras, na Zona Oeste do Rio — Foto: Ricardo Moraes/Reuters  (Foto: Rádio Fique na Luz)
As origens
Um dos fundadores da Associação de Moradores de Rio das Pedras foi Octacílio Brás Bianchi. Sem a presença do poder público, eles criaram as próprias leis. Nos anos 1980, sob o comando do inspetor de polícia Félix Tostes, os paramilitares articularam uma força de defesa contra investidas de traficantes de regiões vizinhas, como a Cidade de Deus.


Ao longo de 20 anos de violentas — mas frustradas — tentativas de invasão, o grupo de Bianchi e Tostes se expandiu, banindo a venda de drogas em Rio das Pedras e alardeando uma sensação de segurança.

No início dos anos 2000, o então prefeito Cesar Maia chegou a classificar a milícia como autodefesa comunitária.

Anos depois, em entrevista ao jornal O Globo, Cesar afirmou que o termo não havia sido criado por ele, mas argumentou que as milícias eram, no mínimo, um mal menor que o tráfico para a realização dos Jogos Pan-americanos no Rio, em 2007.


A multiexploração
Essa autodefesa, porém, se transformou em um lucrativo esquema de exploração de diferentes atividades — sinal clandestino de TV e internet, monopólio na venda de água e gás e transporte alternativo, por exemplo — e sempre imposto com extrema violência.

Quem não segue as regras ou é obrigado a sair ou acaba executado. Muitas vezes, o corpo nem sequer aparece.

Hoje, um dos maiores braços financeiros do grupo criminoso é a construção de imóveis irregulares.

Em 2019, dois prédios da Muzema, comunidade vizinha a Rio das Pedras, desabaram e deixaram 24 pessoas mortas. Cada um dos edifícios tinha cinco andares.


Segundo a Prefeitura do Rio, os imóveis eram construções irregulares e chegaram a ser interditados duas vezes antes do desabamento.


Assassinatos
Bianchi foi assassinado no fim da década de 80 e sua mulher assumiu a associação de moradores. Anos depois ela também foi assassinada.

Tostes foi morto em 2007, com mais de 30 tiros. Na época, quem assumiu o comando da miliciana região foi o vereador Josinaldo Francisco da Cruz, o Nadinho de Rio das Pedras, que chegou a ser acusado pela morte de Félix. Nadinho foi assassinado em 2009.



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