Sábado, 19 de Abril de 2025

Buscar  
Mundo

Publicada em 06/04/22 às 21:00h - 130 visualizações
Rússia bombardeia cidades-chave na Ucrânia e Ocidente prepara novas sanções

domtotal.com

 (Foto: Rádio Fique na Luz)
Rússia bombardeia cidades-chave na Ucrânia e Ocidente prepara novas sanções
Os ataques foram feitos nas regiões de Mikolaiv, Dnipropetrovsk e Luhansk, no sul e no leste da Ucrânia, contra depósitos de combustíveis que serviam para abastecer as forças ucranianas

O Exército russo atacou cidades importantes na Ucrânia nesta quarta-feira, 6, enquanto o presidente Volodmir Zelensky cobrou ao Ocidente novas sanções contra a Rússia em resposta aos assassinatos de civis, vistos como crimes de guerra. Os ataques foram feitos nas regiões de Mikolaiv, Dnipropetrovsk e Luhansk, no sul e no leste da Ucrânia, contra depósitos de combustíveis que serviam para abastecer as forças ucranianas. Pelo menos uma pessoa morreu e cinco ficaram feridas, dizem as autoridades.

Além desses ataques, militares ucranianos afirmaram que interceptaram dois mísseis russos próximos a cidade de Lviv, no leste. A cidade de Kharkiv, no nordeste, a segunda maior do país também continua sob ataque, disse o governador da região.

Com exceção de Kharkiv, todas as cidades atacadas nas últimas horas ficam localizadas em regiões próximas a Donbas, onde a Rússia passou a focar as ofensivas após tentativas fracassadas de tomar o poder de Kiev. As tropas terrestres se aproximam da região, e a Ucrânia afirma que se prepara para os ataques. Autoridades da região de Luhansk pediram nesta quarta-feira que os moradores saiam "enquanto é seguro".

Em paralelo, o cenário de guerra em outras regiões começa a ser revelado com a saída das tropas russas - como a descoberta de mais de 400 civis mortos em Bucha, subúrbio de Kiev. O presidente Volodmir Zelensky afirmou que civis foram torturados, baleados na nuca, derrubados em poços, explodidos com granadas e esmagados por tanques enquanto estavam em carros. Nesta terça-feira, 5, ele afirmou ao Conselho de Segurança (CS) da ONU que os responsáveis devem ser acusados de crimes de guerra diante de um tribunal como o estabelecido em Nuremberg na 2ª Guerra para julgar os nazistas.

Moscou, que se refere ao conflito como uma "operação militar especial" destinada a desmilitarizar a Ucrânia, negou que alvejasse civis no país e classificou as evidências apresentadas como uma falsificação encenada pelo Ocidente para tirar a credibilidade da Rússia.

A descoberta de civis mortos levou o presidente ucraniano a cobrar novas sanções do Ocidente "de forma mais rígida". "Quando estamos ouvindo uma nova retórica sobre sanções (...) não posso tolerar nenhuma indecisão depois de tudo o que as tropas russas fizeram", disse Zelensky a parlamentares irlandeses em uma videochamada.

Até o momento, a resposta do Ocidente foi expulsar dezenas de diplomatas de Moscou, mas mais sanções devem ser lançadas nesta quarta-feira após reuniões da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), do G-7 e de diplomatas da União Europeia (UE).

As medidas incluirão a proibição de todos os novos investimentos na Rússia, segundo afirmou um alto funcionário do governo dos EUA à agência Associated Press, sob condição de anonimato para discutir o próximo anúncio.

Enquanto isso, o poder executivo da UE propôs a proibição das importações de carvão da Rússia, no valor estimado de 4 bilhões de euros (US$ 4,4 bilhões) por ano. Seria a primeira vez que o bloco de 27 nações sancionaria a indústria de energia russa durante a guerra, embora possa parar de cortar as exportações de petróleo e gás da Rússia para a Europa.

Segundo a chefe da UE, Ursula von der Leyen, novas sanções devem ser aplicadas em breve. "Essas sanções não serão nossas últimas sanções", disse ela ao Parlamento Europeu nesta quarta. "Agora temos que analisar o petróleo e as receitas que a Rússia obtém dos combustíveis fósseis."

Para Zelensky, as sanções ocidentais devem ir muito mais longe. "Depois das coisas que o mundo viu em Bucha, as sanções contra a Rússia devem ser proporcionais à gravidade dos crimes de guerra cometidos pelos invasores", disse ele em seu discurso noturno nesta terça-feira.

Ainda segundo o presidente ucraniano, os líderes ocidentais serão julgados com severidade "se depois disso, os bancos russos puderem funcionar normalmente; se depois disso, as mercadorias puderem fluir para a Rússia como de costume; se depois disso, os países da União Europeia vierem a pagar à Rússia pela energia como de costume."

Mariupol

Na cidade portuária de Mariupol, bombardeada desde o início da invasão, no dia 24 de fevereiro, cerca de 160 mil civis permanecem no município sem conseguir sair, de acordo com a inteligência britânica. Eles estão sem comida, água e energia.

Segundo a primeira-ministra da Ucrânia, Irina Vereshchuk, as pessoas que tentarem fugir de Mariupol precisam usar seus próprios veículos. A Ucrânia tenta instalar corredores humanitários e enviar ajuda para o local, mas fracassou em todas as tentativas.

Desde a última sexta-feira, dia 1º de abril, um comboio com suprimentos do Comitê Internacional da Cruz Vermelha tenta chegar na cidade, mas não consegue. O último obstáculo aconteceu na segunda-feira, quando a equipe foi detida em Manhush, nos arredores de Mariupol. Eles só foram liberados na noite da segunda, segundo a equipe.

Autoridades ucranianas e britânicas acusam as forças russas de impedirem deliberadamente o acesso humanitário à Mariupol, "provavelmente pressionando os defensores a se renderem".

EUA

A Casa Branca anunciou nesta quarta-feira uma série de novas sanções contra a Rússia, em esforço coordenado com aliados da União Europeia (UE) e G-7 para punir Moscou pela ofensiva em andamento na Ucrânia. Segundo comunicado, as medidas buscam impor custos às "atrocidades" cometidas pelo Kremlin, incluindo possíveis assassinatos de civis nos arredores de Kiev.

Entre as ações, os Estados Unidos bloquearão ativos da maior instituição financeira russa, o Sberbank, e do maior banco privado do país, o Alfa Bank. Indivíduos americanos também ficarão proibidos de realizar transações com essas empresas, ou investir em algumas estatais. A lista de companhias do Estado alvos das sanções será divulgada pelo Departamento do Tesouro na quinta-feira (7).

Ainda de acordo com a nota, o presidente dos EUA, Joe Biden, assinará um decreto executivo que proibirá novos investimentos na Rússia por cidadãos americanos.

Washington aplicará ainda sanções contra os filhos adultos do presidente russo, Vladimir Putin, a mulher e a filha do ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, além de membros do Conselho de Segurança da Rússia.

O Tesouro também proibiu a Rússia de executar pagamentos de dívida com recursos sujeitos à jurisdição americana.

Reino Unido

O Reino Unido anunciou nesta quinta-feira, 6, em comunicado, novas sanções contra a Rússia, em meio a acusações de crimes de guerra do país na Ucrânia. Londres afirma que congelará totalmente os ativos do maior banco russo, o SberBank, e que vetará qualquer novo investimento britânico na Rússia.

Além disso, encerrará todas as importações de petróleo e carvão russos até o fim de 2022, além de adotar medidas contra oito oligarcas. O país diz ainda que incentivará o G-7 a manter o impulso com novas rodadas de sanções, durante uma reunião marcada para esta quinta-feira (7).

O Reino Unido lembra que este é seu quinto pacote de sanções contra a Rússia, tendo como alvo setores importantes da economia do país e "encerrando nossa dependência da energia russa". O governo britânico diz ainda que deseja encerrar as importações de gás russo "assim que possível" após o fim de 2022, mas sem estabelecer prazo certo, neste caso.

China

A China disse que relatos e imagens de mortes de civis na cidade ucraniana de Bucha, após a retirada de forças russas, são "profundamente perturbadores" e defendeu que o caso seja investigado.

Porta-voz do Ministério de Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian disse nesta quarta-feira (6) que a China apoia todas as iniciativas e medidas "destinadas a aliviar a crise humanitária" na Ucrânia e está "pronta para continuar trabalhando junto com a comunidade internacional para evitar que civis sejam feridos".

A matança de civis em Bucha pode ampliar a pressão internacional sobre a China, por sua postura amplamente favorável à Rússia e tentativas de guiar a opinião pública em relação à guerra.

A China vem se recusando a criticar a Rússia pela invasão da Ucrânia. Pequim também é contrária às sanções econômicas impostas a Moscou e acusa os EUA e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) de provocarem a guerra e alimentarem o conflito, ao enviar armas à Ucrânia.

O comentário de Zhao é semelhante ao feito pelo embaixador da China na Organização das Nações Unidas (ONU), Zhang Jun, que ontem pediu uma investigação do ocorrido em Bucha.

Assistência militar

O governo dos Estados Unidos autorizou o repasse imediato de até US$ 100 milhões em assistência militar adicional para atender às necessidades da Ucrânia por mais sistemas de defesa, em meio à guerra contra a Rússia.

A autorização, anunciada ontem pelo Departamento de Estado, é a sexta retirada de armas, equipamentos e suprimentos dos estoques do Departamento de Defesa para a Ucrânia desde agosto de 2021.

O apoio eleva o total de assistência americana à segurança da Ucrânia para mais de US$ 2,4 bilhões desde que o presidente dos EUA, Joe Biden, assumiu o cargo, no ano passado, e mais de US$ 1 7 bilhão desde a invasão da Rússia em fevereiro, disse o Departamento de Estado. Fontes: Associated Press e Dow Jones Newswires.


Agência Estado/Dom Total




ATENÇÃO:Os comentários postados abaixo representam a opinião do leitor e não necessariamente do nosso site. Toda responsabilidade das mensagens é do autor da postagem.

Deixe seu comentário!

Nome
Email
Comentário
0 / 500 caracteres


Insira os caracteres no campo abaixo:






TARDE DE ESPERANÇA
Peça sua Música

  • Carmem Lima
    Cidade: Paulista
    Música: A rádio tá fora do ar
  • Tony Silva
    Cidade: Brasil
    Música: Sunday Bloody Sunday
  • Sérgio Sales
    Cidade: Brasil
    Música: Faroeste Caboblo - Legiao Urbana
Anuncie Aqui






Hora Certa

81 984317061

Estatísticas
Visitas: 159908






Converse conosco pelo Whatsapp!
A Esperança Está no AR
Copyright (c) 2025 - Rádio Fique na Luz - Todos os direitos reservados